sexta-feira, 31 de outubro de 2008

A Maré estava pequena mas não vazia!


A freqüência foi pequena, mas, muito produtiva. Seguindo o conselho da Clara, lemos em voz alta, em uma verdadeira liturgia, a passagem do mundo "pagão" Romano para os primeiros cristãos e seus cultos caseiros. O início com a falta dos lugares dos cultos, o desapego pelo lugar e pelas imagens. A troca de cartas entre as "Ágapes" e a igualdade entre corpos. A "Bruschetta" do Paulo Nicoletti...comes e bebes fartos em uma ceia quase cristã... Pão e vinho...E as primeiras igrejas? De onde surgiu o conceito das torres na arquitetura cristã? Sócrates existiu? Cenas para os próximos capítulos....

Combinamos assim, que a próxima reunião que acontecerá dia 13 de novembro, às 19:30 hs, poderá ser ainda no apê do Jovany se o apê ainda existir, ou caso o mesmo pereça (:))), passaremos a reunião para o apê da Clarice na Praia do Canto.

Na próxima reunião, conclusão da leitura do Cap. 4 do Carne e Pedra e iniciaremos o Cidade Antiga de Fustel de Coulanges e tantos outros textos que surgirem neste ínterim.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

falando em vazio..

tava justamente olhando o site do Carlos Teixeira, antes de entrar nessa Maré..
deêm uma olhadinha:
http://www.vazio.com.br/

aliás, vi também essa divulgação no Caci Inhotim. se alguém estiver pelas bandas de bh..
http://www.inhotim.org.br/noticia/view/30

a maré tá cheia de vazios.

domingo, 26 de outubro de 2008

Mestres Escultores

Seguem dois links de dois grandes escultores do séc. XX: Alexander Calder (http://www.calder.org/) e Isamu Noguchi (http://www.noguchi.org/). Não eram moldadores de materiais, mas, moldavam o espaço.

sábado, 25 de outubro de 2008

Tudo é possível e provável. Sob a fina base da realidade a imaginação tece novas formas. Strindberg

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Controle federal

Sei que muitos vão me crucificar pelas minhas palavras, mas ninguém me tira da cabeça que nosso governo está se aproveitando da situação de crise para aumentar seu controle sobre o País. Além de já inchar a máquina estatal, além de "subjetivamente" criar seu controle social através das cotas (eles que ditam quem entra nas faculdades), agora assinalam com a possibilidade, através de decreto Presidencial, para a compra por parte do governo de bancos particulares que estejam em eminência de "crise". Para mim, isto cheira a controle total da economia. O grande Estado, o grande Pai que a todos controla. Qual é a próxima etapa? Controle da imprensa? Agora em Vitória, um vereador do PT adotou a idéia de criar cotas para negros em concursos públicos. Nadando contra toda a maré da ciência que já provou que raça só existe uma, a humana, usa-se o conceito racial, que em idos passados foi usada como subsídio para outros controles sociais, em um novo controle social. A diferença de uma direita ultra-conservadora é uma questão de escala...Entrar na Universidade ou em empregos públicos não se faz por mérito conquistado pelo estudo, e sim, por uma questão de cor, matiz, sei lá! Desculpe-me o desabafo sem propósito para o nosso grupo, mas estou cansado de hipocrisias, populismos, falácias e ignorância absurda. Espero sinceramente estar errado, pois se por alguma razão apontada acima eu estiver certo em um futuro próximo, este séc. XXI não será nem um pouco racional.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Convocatória

Atenção, atenção! Ouçam todos: os mareados aqui listados - Angela, Clemir, Paulo, Clarice, Jovany, Eu, Clara, João e Débora, André e a quem mais interessar, estão convocados para a próxima reunião, no dia 23-10-2008, que acontecerá no apê do Jovany, as 19:30 hs. Levem seus comes e bebes. E, não se esqueçam de ler os dois textos disponíveis em nosso 4 shared, o cap. 4 do
Carne e Pedra e a Introdução e Livro 1 do Cidade Antiga. Esperamos todos lá!

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

blog novo

Blog http://poscriticismo.blogspot.com/
com textos sobre arquitetura e pós-estrturalismo: Peter Einseman (seu desafeto Hegel), Roland Brathes, Estruturalismo e pós-estruturalismo de Michael Peters. Depois ainda haverá Bernard Tchummi e o que conseguir scannear.

sábado, 18 de outubro de 2008

Entrevista para o Artigo Interstícios Urbanos

Entrevista para a Comciência para o Artigo Interstícios Urbanos
- Quais os sentidos mobilizados quando falamos em vazio no campo da arquitetura?
Perguntas de Marina Mezzacapa, respostas Clara Miranda
O primeiro sentido que emerge imediatamente à lembrança é aquele do princípio essencial do espaço interior na arquitetura, que em suma concerne ao vazio arquitetônico, ao envólucro como formador de espaço que envolve o homem, mesmo em dialética com o sítio e a paisagem. Este que se define nos movimentos modernos da arquitetura a partir de teóricos como August Schmarsow, Sigfried Giedion, Bruno Zevi e do arquiteto Frank Lloyd Wright e ainda dos manifestos do The Stijl. Em Wright, o espaço interno não é rígido para condiciona a existência. Para ele, “o cômodo fechado não é a expressão essencial da arquitetura”. Este espaço forma um meio de contato com a realidade. O espaço tem que possibilitar a sua definição pelo indivíduo que o usufrui. A concepção de Wright de espaço como um campo de forças, não como uma relação de grandezas, articula a realidade natural e a humana. Wright compreende a arquitetura como resultado da ação do sujeito e não simplesmente como produção de objetos. Neste sentido, pode-se, ainda, agregar a significação de abrigo veiculada pelos fenomenologistas, que não vem ao caso discutir aqui.
Há, inclusive, como desdobramento da posição do modernismo, todo um debate inacabado sobre o esvaziamento do espaço público face influência mútua entre: o projeto moderno funcionalista (entendido como estilo mesmo) que resultou freqüentemente numa paisagem de objetos isolados; e o espaço disciplinar - que cria meios de confinamento nos quais o indivíduo não cessa de passar de um espaço fechado a outro, cada um com suas leis: a família, a escola, a caserna, a fábrica, de vez em quando o hospital, eventualmente a prisão como diz Gilles Deleuze. As transformações da esfera pública estendendo-se do espaço físico à mídia temática e virtual reforçam o esvaziamento do espaço público. As chamadas “tiranias da intimidade” que condicionam o “declínio do homem público” (Richard Senneth) se agrava na condição de refém que passa a obcecar a sociedade que firma a sua prioridade no problema da segurança em vez da liberdade (Jean Baudrillard). O medo do espaço amplo externo (agorafobia) burguês se dirige, no caso do homem contemporâneo, ao espaço vazio, aos interstícios, instalando, então espaços contenedores controlados por uma variedade de dispositivos de segurança. Os interstícios, os espaços abertos e os contenedores (aparelhos de captura em Deleuze e Felix Guattari) este homem “telespectador” usufrui enquadrados, numa distância a-crítica, anéstetica.
O segundo sentido advém do valor de contraposição ou compensação que o espaço vazio adquire no processo de urbanização cumulativa, densa, extensiva e generalizada ou ainda, considerando a dominância contemporânea da paisagem de fluxos e dos espaços de passagem (espaços que resistem ou impedem a experiência e a habitabilidade). Esta noção foi divulgada a partir do Congresso do UIA de 1996, realizado em Barcelona, denominado “Presentes y futuros, arquitetura em La ciudades”. Havia neste congresso um ponto denominado “terrain vague”, denominados como “forma da ausência” por Ignasi Solá Morales. Terrain vague em espanhol é “terreno baldio”, em português foi utilizado o termo vazio urbano, velho conhecido do estoque de terra para especulação fundiária.
Terra vaga é bom termo, pois, como, alude Solá Morales a ambigüidade do termo: que significa vazio, mas também, impreciso, indeterminado, errante, torna-se útil para designar uma categoria urbana cujos objetos e territórios participam da condição de crise de uso, sendo improdutivos, obsoletos, sem uma perspectiva de futuro. Os vazios urbanos constituem-se assim o reverso dos espaços globalizados concentradores de tecnologia para informação de alto-nível, são espaços rarefeitos, lentos e opacos. Mas, estes vazios urbanos são passíveis de proporcionar experiência, pois esta não pode prescindir do tempo lento.
O cineasta Win Wenders diz que por que as cidades estão lotadas, “varreram o essencial”, e apela aos arquitetos para não projetem apenas edifícios, mas criem também espaços livres, preservem o vazio, que não obstruam a vista, para o “nosso descanso”. Assim, torna-se um tema apaixonante, o vazio é uma condição existencial do mesmo modo que os objetos que manufaturamos e imediatamente passamos a imprescindir deles.

- Historicamente, o conceito de vazio na arquitetura passou por transformações?
Acho que na resposta anterior pontuei um pouco desta evolução desde o movimento moderno ao contemporâneo. É uma história sob um ponto de vista. Giedion traça um interessante panorama de três idades do espaço: a antiguidade com a predominância dos espaços exteriores abertos (um vasto vazio muitas vezes ancestral), o período entre o tardo-romano e a industrialização em que predominam espaços internos sob o domo, e a partir dali a dialética entre exterior e interior, possibilitada pela interação entre técnicas mecanizadas e uma nova imaginação coletiva. Contudo, desde a metrópole, a multidão e agora, a mega-cidade o vazio se torna uma matéria rara, que incorpora não apenas o sentido físico e econômico, mas de lugar de memória, existencial, estético, essencial ao repouso, à desaceleração, à síncope do tempo (aquele que então devemos mudar segundo Giorgio Agamben).
- Pensando na questão da dinâmica urbana, como se formam os vazios urbanos? Quais são os exemplos mais evidentes desse tipo de espaço?
Vou colocar em termos de uma experiência pessoal. Vitória é uma cidade que não cresceu quase nada além dos limites do sítio fundador até o início dos anos 1920, apenas nos anos 1970 atingiu 7 km de raio além do centro principal, nos anos 2000 atinge 15 km. Porém, neste processo, vários tipos de ações e políticas valorizaram áreas em detrimento de outras, surgindo então vazios intersticiais. Os conjuntos habitacionais do período da ditadura militar foram pródigos em criarem interstícios vazios para posterior valorização. A fuga do centro principal para novos bairros litorâneos criou outra espécie de vazio pela obsolescência, com a crise de uso e de significado do centro principal. No momento, vejo com preocupação, a carência de vazios urbanos em Vitória. Pois, a necessidade de densificação devido crescimento urbano acelerado, além de um ímpeto construtivo (quase volúpia) que assolam governantes e incorporadores, tende a encher o espaço de construções (muitas vãs) que tendem a ficar desocupadas, sobretudo, os edifícios do setor privado. Muitos destes conjuntos construídos podem tornar-se um obstáculo não só na paisagem mas entulho da vida pública local, obstruindo a circulação social com os muros cegos e extensos (dos muitíssimos condomínios em construção), sem olhos que vigiem a rua e a nossa passagem e sem aberturas que possibilitem fluxos coletivos nos locais.( Aí eu fiquei melosa, exagerada, ih!!!)
- Que dilemas e discussões os vazios urbanos suscitam?
A densificação é própria do fenômeno concentrador, infra-estrutural, técnico e social da cidade, que funde tempo com espaço, facilitando determinadas operações, sobretudo, as comunicações. Em contrapartida, há o imperativo de dimensionamento da gestão pública, que se estabelece no controle da ocupação urbana, proporcionando certa rarefação espacial em áreas seletas. Em que pese a especulação fundiária predatória mediante os vazios urbanos, no entanto, impõe-se a necessidade de estoque público de espaços abertos livres.
- Na concepção de projetos arquitetônicos e urbanísticos, qual o papel do vazio?
Penso que Win Wenders acerta em solicitar que projetemos também espaços abertos, que se argumente contra a necessidade de preencher o vazio existencial, construtivo e estético ocupando espaço demasiadamente. O vazio urbano é componente do meio ambiente natural restante e também da memória coletiva, em alguns casos, deve compor um estoque público para equipamentos coletivos. Contudo, o fator de compensação em relação a densidade é fundamental.
- Como a arquitetura moderna se apropriou desse conceito e de seus desdobramentos?
Penso que a arquitetura moderna da primeira geração: Mies, Le Corbusier, Wright, e também da brasileira: Niemeyer, Reidy, Rino Levi, Vilanova Artigas sabiam muito bem dialogar com a paisagem, criando vazios em torno (e dentro) de suas obras. Porém, os desdobramentos foram nefastos, quando os procedimentos funcionalistas (que Aldo Rossi chama de ingênuo) se estereotiparam, edifícios se construíram como objetos anônimos em fundos extensos, desreferenciando usuários, desqualificando o ambiente. Nesses estereótipos o vazio torna-se o resto não fruto do desenho. Há exemplos daqueles arquitetos aonde o ambiente resulta inóspito para uso, acho que o Memorial da América Latina é um pouco assim, mesmo com uma boa coleção de edifícios, com o atenuante de que o entorno não oferecia muitos elementos para diálogo.
- No Brasil, quais projetos são ícones quando pensamos na questão do vazio?
A Praça dos Três Poderes de Brasília, com todas as críticas, é uma obra de arte. Clarisse Lispector em uma crônica parece se sentir nua lá, disse que deixaria o cabelo crescer para usufruir daquele espaço. Acho que os maiores vazios de Brasília combinam bem com a vegetação retorcida do Cerrado e chão vermelho da época de seca. Mas, é fato que a multidão esperada para a praça ainda não teve seu tempo. O projeto do Parque do Flamengo, com uma de suas motivações no emolduramento da paisagem carioca, afirma a cada vez que se passa por ele, que esta não será nunca uma paisagem inútil. “A beleza nunca é desperdiçada”, como disse Arnaldo Antunes referindo-se a outra paisagem memorável. Quando Frank Gehry se recusou a fazer o projeto do Guggenheim no Rio, acho que era nisso que apostava, em não obstruir esta paisagem.

Artigo da Marina Mezzacapa In:
http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&tipo=dossie&edicao=38

Marx e Keynes












Não sou economista, mas o assunto é a bola da vez e atinge todos nós.
Observei que Marx e Keynes ressuscitaram nos debates dos cadernos de economia dos principais jornais e revistas especializadas. É um momento de reflexão geral para acompanhar o que está acontecendo na economia.
Entre outros achados, vale citar um trecho do artigo da revista britânica New Scientis: “A Ciência nos diz que se for para levarmos a sério as tentativas de salvar o planeta, temos que remodelar nossa economia”. E ainda: “Os economistas não perceberam um fato simples que para os cientistas é óbvio: o tamanho da Terra é fixo, nem sua massa nem a extensão da superfície variam. O mesmo vale para a energia, água, terra, ar, minerais e outros recursos presentes no planeta. A Terra já não está conseguindo sustentar a economia existente, muito menos uma que continue crescendo”. O que está em discussão é a mudança de foco do crescimento quantitativo para o qualitativo, com limites nas taxas de consumo dos recursos naturais.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

O Figurante Invisível

Da colega arquiteta e atriz de teatro, Colette Dantas:

Oi
A temporada da peça O Figurante Invisível está quase no fim.
Ficamos até dia 26/10 no Teatro Galpão, de quinta a domingo.
Quem ainda não assistiu e pretende passar uma hora e quinze conosco mergulhado no universo do artista de teatro, se apresse e apareça.
Para quem ainda não sabe do que trata o espetáculo e quer dar uma 'espiadinha', assista a matéria veiculada no Em Movimento no link:
bjs
Colette

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Um "Causo" do Jovany

Texto da edição de setembro da coluna "Causos de Vila Velha", que mantenho no Jornal da Praia da Costa

AVENTURAS NA SELVA IMOBILIÁRIA

Jovany Sales Rey

Quatro anos atrás, por motivos profissionais, deixei a Praia da Costa e fui morar em Vitória. Agora, pelos mesmos motivos, decidi voltar. E feliz da vida, como quem, parodiando o velho ditado, “à boa casa torna”.

Por falar em casa, penei para achar uma ao meu gosto e dentro das minhas possibilidades. Não por falta de oferta. Isso tem até demais. O que matou foi passar três semanas entrando e saindo de apartamentos que, na maioria das vezes, são arapucas enganadoras, meras gaiolas de custo exorbitante empilhadas em edifícios com fachadas grandiosas. Nesse meio tempo conheci lugares agradáveis, habitados por gente cordial, mas também monstrengos estranhos como um caríssimo apartamento mofado, com insuportável cheiro de mijo ou um esquizofrênico três-quartos todo pintado em amarelo-caganeira, fora o disparate de o dono ter transformado um quarto minúsculo em dois menores ainda, repartindo entre eles uma única janela, meia banda para cada um. E o que dizer do cara de pau que anunciou no jornal “magnífica vista para o mar”, esquecendo de acrescentar que a vista só é apreciável entortando-se o pescoço no vão da báscula do banheiro? Enfim, vi e vivi de tudo: escadarias intermináveis, cômodos sem janelas, garagens submarinas, portarias sem porteiros, porteiros sem portarias. Um menininho chutou minha canela gritando “você quer roubar meu quarto!” Uma gata felpuda se apaixonou pelos meus pés. Quase fui mordido por um poodle genioso, bicado por uma calopsita furiosa e por pouco escapei de ser devorado pela legião de baratas que se apossou de uma cozinha inativa.

No quesito maluquice, o campeão foi um claustrofóbico apartamento de fundos encravado atrás das garagens de um prédinho da Hugo Musso, com as janelas (todas elas!), a dois palmos de um altíssimo paredão de concreto. Pois acredite, prezado leitor, por esse arremedo de prisão, cujas luzes têm que permanecer acesas o dia inteiro, pede-se a bagatela de 200 mil reais, absurdo que o proprietário justifica com a localização nobre. Aliás, esse é o argumento mais usado para supervalorizar o preço de todos os imóveis borocochós que visitei: “Tá na Praia da Costa, ué!” Se a entrada do prédio for pela Gil Veloso então, aí é que o bom senso desaparece por completo, caso de um primeiro andar, fundos, abafadão, taxa de condomínio milionária, oferecendo como paisagem única a área de serviço do edifício vizinho, pelo qual se quer nada menos que... meio milhão! “Ah, mas olha o endereço, é a Gil Veloso!”

Resumindo, consegui sobreviver à odisséia e achar o que queria, em boa parte graças a Tânia Almeida, a gentil corretora que me guiou com infinita paciência através do cipoal de ofertas imobiliárias no qual se transformou nossa antes bucólica Praia da Costa.

Mas tantas aventuras me fizeram lembrar do acontecido com um amigo meu, o compositor Richardson Hermetto, parceiro do Morris Albert, aquele autor de Feelings. Nos anos 70, ainda desconhecido, Richardson deixou o interior de Minas para tentar a sorte no Rio de Janeiro e foi procurar apartamento para comprar. Embora seu objetivo fosse modesto, a época era a do milagre econômico e tudo estava pelos olhos da cara. Procura daqui, procura dali e nada de achar um cantinho que desse para pagar com suas economias. Já estava beirando o desespero quando, ao ler os classificados do jornal de sábado, topa com a pérola que todo comprador de imóvel sonha encontrar: “Pescoço na forca. Vendo urgente, metade do valor, excelente quarto-e-sala na Rua dos Inválidos.” Richardson foi conferir, quase caindo duro de contentamento ao constatar que o anúncio não mentia. O quarto-e-sala era de fato muito bom e estava sendo vendido pela metade do preço. Mineirinho desconfiado, ele bisbilhotou todos os detalhes. Documentação? Em dia. Condomínio alto? Não, normal. Defeitos hidráulicos, elétricos, infiltrações? Nada. Seria um edifício problemático, reduto talvez de garotas de programa? Um-um. Vizinhança totalmente confiável. As únicas desvantagens alegadas pelo proprietário eram a urgência na venda e o fato de as janelas se abrirem para o prédio ao lado, onde funcionava uma repartição pública. Coisa pouca, dadas as circunstâncias. Richardson se rendeu. Feliz da vida, madrugou na segunda-feira e fechou o negócio, pagando à vista.

Na tarde seguinte, quando se mudou, bastou abrir as janelas para descobrir a razão da pechincha. No prédio ao lado, a dois metros de seu nariz, homens de branco necropsiavam um punhado de cadáveres! A tal repartição pública era, nada mais nada menos, que o Instituto Médico Legal do Rio de Janeiro.

câmbio!!!

















Foi-se o tempo em que a palavra câmbio encerrava uma conversa no rádio. Agora a "bolha cambial" é flexível e dinâmica ... e ainda vamos usar mais dinheiro público para salvar os investidores!!?

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Mesmo debaixo de chuva, houve Maré!


Seguem as fotos de nossa última reunião, ocorrida no dia 09/10/2008 no Deboni's na Praça do Papa. Conversas, conversas paralelas, navios ao fundo, o Convento sob brumas, arquiteturas da Angela, Chuva e frio. E a Maré subindo!

gregos

Já que estamos com os gregos, deem uma olhada tb na série História da Vida privada, que trata dos hábitos, crenças e valores da sociedade grega, do ângulo mais íntimo - dentro das casas e famílias. Muito bom..

domingo, 12 de outubro de 2008

BORA!

olá pessoal,
segue link com o capítulo 4 do livro Carne e Pedra
PARA ESTUDO.

http://www.4shared.com/dir/8253603/25ebc879/sharing.html



sábado, 11 de outubro de 2008

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

A Cidade Antiga - Primeiros capítulos

Caros amigos Mareados,

Como combinado ontem, durante a nossa reunião, segue o link dos primeiros capítulos para leitura do livro A CIDADE ANTIGA, de Fustel de Coulanges. Então, além de concluirmos a leitura do Carne e Pedra com os capítulos 03 e 04 (Clarice, você pode colocar o cap. 04 no 4shared?), combinamos de colocar na roda outros textos para leitura. Me disponho a fazer uma leitura do capítulo do Fustel, somente se todos também lerem o mesmo. O Livro A Cidade Antiga nos apresenta uma outra visão das cidades clássicas gregas e romanas, a partir da religião, da constiução de suas sociedades a partir das famílias e da política. Um livro do séc. XIX mas que nos faz pensar o porquê das nossas sociedades de hoje.
http://www.4shared.com/file/66385548/1903f848/introduo_e_cap1-crenas_antigas.html

outubro

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Reunião Maré 09/10, quinta-feira

Mareados, a próxima reunião será dia 09/10, quinta-feira, no Debonis, situado na praça do papa. Na roda: Richard Sennett, Carne e Pedra. O Corpo e a Cidade na Civilização Ocidental, capítulo 3: A Imagem Obsessiva ... e outros assuntos: a maré de quebradeira das bolsas, as últimas eleições, a web como esfera pública, a noite, lazer, trabalho, amigos, a vida etc etc http://www.4shared.com/dir/8253603/25ebc879/sharing.html
Sejam bem-vindos!!!

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Dubai em menos de 20 anos..

Uma avenida de Dubai, em 1990... e o mesmo logradouro, em 2007 !

Crédito: Internet
FONTE:http://www.vivercidades.org.br/publique222/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1411&sid=12

blublu

vi no curso do Charles Watson e encontrei no youtube.

domingo, 5 de outubro de 2008

O DESENHO, POR LUÍS TRIMANO


O consagrado ilustrador argentino Luís Trimano vem a Vitória para o lançamento do número 2 da Coleção Amostra Grátis, especializada em desenho e produzida no núcleo de estudos Célula Tipográfica (Centro de Artes, Ufes). O livro traz uma amostra do desenho de Trimano e, como indica o nome da coleção, não será vendido, mas distribuído gratuitamente aos presentes. Na oportunidade Trimano ministrará um workshop voltado a ilustradores, caricaturistas, estudantes de Artes, de Comunicação, de Design, Arquitetura e interessados no tema.


lançamento: 9 de outubro

curso: dias 6, 7, 8, 10 e 11 de outubro

Conteúdo: A Caricatura na Imprensa; A Ilustração na Imprensa; A Ilustração Editorial; O Poema Ilustrado.

Local e Inscrições: Sala 10 do Cemuni IV - Centro de Artes da Ufes -R$ 150,00

Quem é Trimano


Argentino de Buenos Aires, onde estudou artes plásticas e ilustração, Trimano vive no Brasil desde 1968. Fez sua primeira exposição individual em 1964 e desde então já realizou um sem-número de mostras, individuais e coletivas. Ilustrou as mais importantes publicações brasileiras, entre as quais os jornais O Globo e Folha de São Paulo e as revistas Ciência Hoje e Argumento. É também autor de um grande número de capas de livros e discos.
Parte da sua obra está reunida no livro Trimano, Desenhos e Ilustrações, lançado pela Editora Relume Dumará em1997.
Inquieto e combativo, Trimano desenha diariamente, numa rotina metódica, disciplinada e impressionante: na maioria, os seus trabalhos são grandes painéis em preto e branco, de forte impacto. Trimano preservou o espírito jovem, o amor pela pop art, pelos muralistas latino-americanos, pela beleza plástica do negro e pelo país que o acolheu, e tudo isto está refletido na sua arte.

Mais informações em
trimano.blogspot.com.

Einstein




















"Uma pessoa que nunca errou, simplesmente nunca experimentou nada novo."
A frase foi extraída do workshop "Processos Criativos", por Charles Watson*, na escola Bauhaus, aqui em Vix. Fabílola aposta na consolidação da escola como um novo ambiente de discussão e encontro na cidade. www.bauhausvitoria.com.br
No ínicio do curso estava meio desconfiada, preocupada em receber fórmulas prontas, mas o Charles, com experiência e sensibilidade, caminhou na direção oposta ao possibilitar a identificação de processos criativos em diversas áreas de conhecimento. Muito bom!!!
*"Professor, formado pela Bath Academy of Art, Inglaterra. Integra, desde 1979 o quadro de professores da Escola de Artes Visuais do Parque Lage/RJ, onde foi coordenador do departamento de pintura e participou do conselho de direção da Escola. Dirigiu o Prêmio Johnnie Walker de Artes Plásticas durante três anos consecutivos. Mentor do Dynamic Encounters International Art Workshop, programa que conduz grupos de interessados em aprimorar seus conhecimentos em arte para visitas a instituições, galerias e ateliês no Brasil e exterior. No Centro de Arte Hélio Oiticica/RJ foi curador das exposições de Daniel Burren, Helio Oiticica, Lygia Pape, Sean Scully e Tehching Hsieh entre outros (...).

Fonte: www.canalcontemporaneo.art.br/cursoseseminarios

sexta-feira, 3 de outubro de 2008















Clara Miranda

quarta-feira, 1 de outubro de 2008